Mercados privados: Infraestrutura
Um guia completo sobre investimentos em infraestrutura nos mercados privados.
Descubra como os investimentos em infraestrutura podem proporcionar diversificação, rendimentos estáveis e proteção contra a inflação.
Infraestrutura: Visão geral
- Os estímulos dos governos em todo o mundo criaram um ambiente favorável para investimentos privados em infraestrutura.
- Os fundos de infraestrutura investem nos setores de serviços públicos, transporte, energia, comunicação e infraestrutura social. As três principais estratégias de infraestrutura disponíveis aos investidores incluem as estratégias de base, de agregação de valor e oportunistas.
- Estratégias de base visam gerar uma renda contínua por meio de receitas regulamentadas ou contratadas de ativos monopolistas.
- Estratégias de agregação de valor se concentram em propriedades que exigem alguns investimentos em bens de capital para melhorar ou ampliar os serviços, e os retornos são derivados de uma combinação de renda e valorização do capital.
- Estratégias oportunistas almejam projetos ou ativos novos que exigem investimentos significativos em bens de capital.
- Os fundos de infraestrutura podem aumentar a diversificação das carteiras expandindo o universo dos investidores para ativos reais que tendem a ter uma correlação mais baixa com os investimentos tradicionais em ações e de renda fixa.
- As estratégias de infraestrutura de base conseguem fornecer uma fonte estável de rendimentos a investidores que precisam que suas carteiras gerem pagamentos contínuos. Esses investimentos também podem ajudar a se proteger contra a inflação, já que os fluxos de receita são frequentemente vinculados ao IPC.
- Com diferenças significativas no desempenho dos gestores, os principais riscos do investimento privado em infraestrutura incluem alavancagem, aspectos políticos/regulatórios, condições climáticas, desenvolvimento e risco de commodities.
O que a estratégia de infraestrutura faz?
De modo geral, a infraestrutura engloba os seguintes setores:
- Serviços públicos regulamentados: Envolvidos na distribuição e transmissão de energia elétrica, gás e água.
- Transporte: Rodovias com pedágio, aeroportos, pontes, túneis, portos marinhos e ferrovias.
- Energia: Geração de energia elétrica, processamento de petróleo e gás, instalações de transporte e armazenamento, instalações de gás natural liquefeito (GNL) e energia renovável.
- Comunicação: Centros de dados, redes de fibra óptica, torres de difusão e sem fio, satélites.
- Infraestrutura social: Edifícios públicos, tais como escolas, hospitais e tribunais.
Além da divisão dos setores, e semelhante ao mercado imobiliário privado, existem três estratégias de investimento em infraestrutura: base, agregação de valor e oportunista.
- A estratégia de base foca em ativos da área industrial (investimentos em ativos existentes) com necessidade mínima de investimentos em bens de capital e baixa complexidade operacional.
- A renda tende a ser previsível graças a receitas contratadas e regulamentadas. Por isso, geralmente, os ativos de base conseguem arcar com altos níveis de endividamento.
- Ativos de base tendem a ser monopolistas e resilientes ao PIB, e os retornos são correlacionados com a inflação.
- Ativos “core plus” podem ser mais sensíveis à atividade econômica ou exigir melhorias modestas de desenvolvimento para um maior potencial de retorno.
- Exemplos de projetos incluem investimentos em empresas de serviços públicos, rodovias com pedágio, oleodutos e gasodutos concessionados/regulamentados e infraestrutura social.
- As metas de retorno geralmente variam entre uma TIR de 5% a 10% líquida de taxas, com uma alta proporção de renda.
- A estratégia de agregação de valor se concentra principalmente em ativos da área industrial que exigem investimentos em bens de capital para melhorar ou expandir os serviços.
- A renda desses investimentos tende a ser menos previsível que nas estratégias de base, pois os ativos são mais complexos. O fluxo de caixa pode ser reinvestido e não pago aos investidores até que as melhorias sejam concluídas.
- Ativos de agregação de valor tendem a ter uma maior correlação com o PIB em comparação com os ativos de base, e possuem uma certa sensibilidade à inflação.
- Exemplos de projetos incluem investimentos em ferrovias, aeroportos, oleodutos ou gasodutos não regulamentados e na geração de energia.
- Os retornos almejados geralmente ficam em uma TIR de 10 a 14% líquida de taxas, com uma combinação de renda e valorização do capital.
- A estratégia oportunista foca na geração de retornos por meio de projetos ou ativos novos (investimentos em novas instalações) que exigem investimentos significativos em bens de capital.
- Investimentos oportunistas possuem um alto grau de incerteza em relação à demanda, e os retornos tendem a ter uma maior correlação com os ciclos de mercado. Por isso, os ativos oportunistas suportam menos endividamento.
- Exemplos de projetos incluem investimentos em usinas elétricas comerciais, telecomunicação e setores de resíduos não regulamentados.
- As metas de retorno geralmente ficam em uma TIR acima de 14%, líquida de taxas, e grande parte é derivada da valorização do capital.
Os ativos de infraestrutura possuem várias características que os diferenciam dos ativos tradicionais. Devido à assimetria das informações e segmentação local, os ativos geralmente exigem uma maior atenção por parte dos gestores, um conhecimento regulatório e um conhecimento especializado do setor.
- Aquisição de contratos: ter acesso a oleodutos ou gasodutos de qualidade e contratos difíceis de encontrar é imprescindível. Para ganhar uma vantagem sobre outros compradores e talvez evitar processos de licitação competitivos, os gestores contam com uma rede sólida de desenvolvedores, empresas de construção e órgãos governamentais para captar projetos.
- Avaliação da rentabilidade: a avaliação do potencial de retorno de um ativo de infraestrutura pode ser difícil, principalmente se for preciso criar valor. Também é necessário ter um conhecimento especializado do setor e da captação correta de acordos para elaborar uma tese clara de projeto. Nos ativos de base, os gestores visam valores de entrada atrativos, mas os outros ativos geralmente exigem uma análise de custos detalhada para avaliar como melhorar os serviços, as receitas e a rentabilidade operacional.
- Criação de valor por meio do reposicionamento e melhoria de ativos: os gestores de base podem ajudar a melhorar ou diminuir os riscos de ativos (venda de ativos não essenciais, melhor governança etc.) para gerar valor. Para gestores que seguem estratégias de agregação de valor ou oportunistas, um reposicionamento proveitoso e o desenvolvimento de novos recursos e áreas de serviço são os principais fatores para agregar valor aos ativos de base.
- Integração de estratégias de aquisição complementares: os gestores podem comprar empresas de plataforma e realizar aquisições complementares para acrescentar valor por meio de sinergias e a expansão das margens, o que, por sua vez, pode melhorar os fluxos de caixa.
- Implementação de estruturas sólidas de governança: como os ativos de infraestrutura geralmente desempenham um papel fundamental na sociedade, é de suma importância manter boas relações com todas as partes envolvidas. Além disso, ativos altamente regulamentados demandam uma conformidade rigorosa com as exigências das autoridades governamentais. Em geral, ter o controle sobre impactos ambientais, sociais e de governança pode ajudar a otimizar as receitas e operações, minimizando ao mesmo tempo os riscos.
- Processo de saída: os gestores precisam saber como avaliar o momento certo e o método de saída para maximizar os lucros realizados. Elaborar várias estratégias de saída pode ajudar na diversificação e a minimizar cenários desfavoráveis.
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