Mercados privados: Dívida problemática
Um guia educacional sobre estratégias de investimento em dívida problemática e seus benefícios.
Descubra como os investimentos em dívida problemática podem oferecer oportunidades contracíclicas em comparação com exposições tradicionais de renda fixa. Ideal para investidores interessados em diversificar seus investimentos e aproveitar oportunidades de mercado.
Dívida problemática: Visão geral
- Gestores de dívidas problemáticas visam ativos que estão em dificuldades financeiras ou operacionais para monetizar os investimentos por meio da normalização da rentabilidade da empresa, reestruturação ou liquidação dos ativos.
- Um típico alvo problemático é uma empresa à beira da falência ou falida, com dificuldades para cumprir suas obrigações de pagar juros com os fluxos de caixa existentes.
- Os gestores normalmente adquirem a dívida com deságio significativo e prorrogam os vencimentos, adiam pagamentos de juros ou obtêm/concedem financiamento emergencial.
- Outras medidas podem envolver a renegociação de aluguéis e contratos, corte de gastos, aumento de vendas e descarte de ativos não essenciais para melhorar a saúde do balanço de uma empresa.
- Geralmente, a oportunidade para obter DPs é anticíclica. Menor crescimento dos lucros das empresas, níveis de dívida mais elevados, aperto financeiro e altas taxas de inadimplência costumam oferecer mais condições para investir.
- Historicamente, a TIR média dos anos de oportunidade de DP de 1997 a 2019 foi de 9,6%. O desvio padrão da TIR dos anos de oportunidade foi de 3,7% durante o mesmo período.
- Em uma carteira, a dívida problemática pode oferecer um elemento anticíclico no mercado de créditos, em comparação com uma exposição tradicional apenas com posições positivas de renda fixa.
- Apesar do grande potencial de obter retornos, também existem riscos. Devido à natureza mais delicada das empresas-alvo, a taxa de inadimplência pode ser alta. O processo de reestruturação pode ser longo e complexo. O momento certo para entrar/sair é muito importante.
- Além disso, há outros riscos que se aplicam em geral ao mercado privado, incluindo iliquidez significativa dos veículos financiadores, controle limitado e taxas adicionais.
O que a estratégia de dívidas problemáticas faz?
- A estratégia de dívida problemática visa empresas com problemas financeiros, à beira da falência ou falidas. A estratégia tem como objetivo monetizar os investimentos, extraindo o máximo valor possível dos ativos por meio da normalização da rentabilidade da empresa, reestruturação ou liquidação dos ativos.
- Muitas vezes, os títulos problemáticos são menosprezados pelo mercado devido a: 1) problemas para realizar análises financeiras em empresas em dificuldades; 2) presença de situações jurídicas complexas e 3) falta de fontes de informação externas confiáveis sobre a empresa.
- Um típico alvo de dívida problemática é uma empresa à beira da falência ou falida, com dificuldades para cumprir as obrigações de pagar os juros com os fluxos de caixa existentes.
- A empresa pode se tornar problemática como resultado de balanços excessivamente alavancados, perda de posição competitiva, problemas com litígios/regulatórios ou falta de acesso a capital.
- O crédito para mutuários em dificuldades pode ser negociado de forma pública ou privada. Oportunidades para comprar uma dívida problemática podem surgir quando os proprietários da dívida (fundo mútuo ou investidor institucional) são obrigados a se retirar do crédito problemático devido a restrições de posse. Além disso, os fundos de DP conseguem identificar devedores privados com negócios que não estão acompanhando o planejamento.
- Gestores de dívidas problemáticas conduzem análises financeiras para avaliar os fluxos de caixa e responsabilidades da empresa subjacente, além de realizar a due diligence jurídica para entender direitos e obrigações contratuais e ajudar a lidar com as leis de falência.
- Estratégias ativas para dívidas problemáticas possibilitam a aquisição de grandes posições na dívida ou capital de uma empresa, uma vez que são oferecidas com deságio significativo nos preços, para assumir uma posição de controle e influenciar decisões.
- A posição problemática pode exigir uma reestruturação para reorganizar obrigações pendentes e manter a empresa operando.
- Durante a reestruturação, os gestores de DP podem ajudar a estender os prazos de vencimento, adiar o pagamento de juros da dívida em aberto ou obter/oferecer financiamento emergencial. Outras medidas podem envolver a renegociação de aluguéis e contratos, corte de gastos, aumento das vendas e descarte de ativos não essenciais. O fundo também pode formar comitês de credores e fazer parte do conselho administrativo para influenciar os resultados.
- Após a reorganização, o fundo de DP pode trocar parte de sua dívida por posições de capital, o que pode aumentar os retornos quando a empresa se recuperar.
- O processo de reestruturação pode ser realizado por um acordo privado entre os credores e os devedores, no qual eles renegociam os termos do empréstimo que está em atraso. Acordos extrajudiciais podem ser menos dispendiosos e os termos de negociação são mais flexíveis comparado com a passagem pelos tribunais de falências.
- Embora sejam mais caros, os tribunais de falências podem oferecer uma proteção jurídica formal contra os credores e permitir que a empresa continue em funcionamento.
- Caso contrário, a empresa pode ser liquidada se for estabelecido que a empresa em funcionamento tenha menos valor do que seus ativos. Nesse caso, um fundo de DP que comprou a dívida (geralmente prioritária na estrutura do capital) com um deságio significativo pode lucrar se o valor de recuperação for maior que o preço de compra.
- Um período típico de investimento é cerca de 3 a 5 anos, e o fundo tem em média uma duração de 10 anos.
- Os retornos são principalmente derivados da valorização do capital, uma vez que a dívida comprada com deságio é “reduzida ao valor nominal” do refinanciamento ou da liquidação dos títulos detidos (por exemplo, ao comprar a dívida a 50 centavos e recuperar 70 centavos), mais qualquer rendimento distribuído dos títulos da dívida. Os retornos podem variar de acordo com o uso da alavancagem, que tende a ser limitado.
- Existem várias opções de saída para ativos após a reorganização, incluindo venda para um comprador estratégico, IPO, recapitalização com os proprietários existentes ou revenda de títulos no mercado.
Os gestores de DP usam sua experiência em análises financeiras, conhecimento jurídico especializado e execução operacional para identificar, avaliar e monetizar ativos em dificuldades financeiras.
- Ampla capacidade de obtenção de recursos: Gestores que possuem um profundo conhecimento do setor e uma ampla rede de consultores financeiros/jurídicos conseguem aproveitar mais oportunidades e oferecer a vantagem de serem os primeiros a concluir as transações, evitando, assim, leilões competitivos.
- Análises rigorosas de crédito: Análises fundamentais rigorosas de crédito ajudam a avaliar as vantagens e sutilezas de cada situação, principalmente para ativos mais complexos e ilíquidos cujo valor é difícil de avaliar. A experiência de vários ciclos de crédito pode oferecer melhores perspectivas para possíveis oportunidades.
- Flexibilidade em várias regiões, setores e estruturas de capital: Ter flexibilidade para investir em vários países, setores e várias partes da estrutura de capital (dívida e capital) pode ampliar as oportunidades em diversos ambientes macroeconômicos.
- Conhecimento jurídico especializado: As equipes do fundo precisam de muitos recursos para conduzir a due diligence jurídica. O conhecimento das leis regionais de falência e acordos de crédito é fundamental para lidar com o processo de investimentos problemáticos.
- Experiência na reestruturação: Exercer influência sobre outros credores, formular/executar planos de reestruturação e introduzir mudanças operacionais para estabilizar os fluxos de caixa pode ajudar a melhorar as perspectivas da empresa.
- Gerenciamento do processo de saída: Gestores de fundos interagem com banqueiros de investimentos e compradores para negociar as opções de saída em nome dos investidores, melhorando a monetização dos ativos investidos. Os gestores também precisam ajustar o momento de saída de forma eficaz, de acordo com a possível ciclicidade das participações de base.
Guia educacional sobre Mercados Privados
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