Apesar dos esforços globais para mitigar o consumo de plástico, a demanda continua a aumentar, impulsionada pelo crescimento econômico, especialmente nos mercados emergentes. O Global Plastics 2060 Outlook da OCDE prevê um aumento de 60% no uso de plástico até 2060, impulsionado pelo crescimento do PIB e sem intervenções políticas ou tecnológicas significativas. A 4ª sessão do Comitê de Negociação Intergovernamental, convocado pela ONU para forjar um tratado global sobre redução de plástico, terminou em 29 de abril com avanços limitados focados na reciclagem e circularidade do plástico. Os bioplásticos, derivados de materiais naturais como soja, algas marinhas e cavacos de madeira, oferecem uma alternativa promissora, representando atualmente de 1% a 2% da demanda global de plástico. Apesar de seu potencial, os bioplásticos enfrentam desafios de escalabilidade a curto e médio prazo. No entanto, essas inovações são essenciais para reduzir nossa dependência dos plásticos tradicionais e mitigar seu impacto ambiental.

Perspectivas

Bombas de calor, redução de plástico e descarbonização de aço

Abordamos soluções sustentáveis para combater a atual demanda global por recursos que representa uma forte ameaça ao meio ambiente

28 mai 2024 3 minutos de leitura

À medida que o crescimento econômico e a demanda por recursos continuam a aumentar, as soluções sustentáveis se tornaram uma ferramenta essencial em nosso caminho para o net zero. Neste relatório, apresentamos alternativas promissoras, analisando o impacto da demanda por energia, plásticos e aço e suas oportunidades de investimento.

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Soluções sustentáveis para a demanda de energia, plástico e aço

Climatização mais eficiente

Com quase metade da demanda global de energia decorrente do aquecimento e resfriamento, soluções de climatização mais eficientes serão um facilitador crucial da descarbonização.
As bombas de calor podem desempenhar um papel viável nesse sentido, pois têm o potencial de reduzir as emissões globais de CO2 em pelo menos 500 milhões de toneladas até 2030. Uma bomba de calor pode substituir uma unidade de ar-condicionado e um aquecedor em uma máquina só. Os seus benefícios de eficiência também são um bom presságio para os consumidores por meio de contas de energia mais baixas. De acordo com o Laboratório Nacional de Energia Renovável, 62-95% das famílias teriam uma conta de energia mais baixa se mudassem seu sistema de aquecimento e resfriamento para o uso de uma bomba de calor.
É provável que a instalação de bombas de calor aumente o valor imobiliário e leve a retornos mais fortes. Esperamos que os governos continuem pressionando por regulamentações de climatização mais fortes e incentivando a sua instalação.

Consumo de plástico

Apesar dos esforços globais para mitigar o consumo de plástico, a demanda continua a aumentar, impulsionada pelo crescimento econômico, especialmente nos mercados emergentes. O Global Plastics 2060 Outlook da OCDE prevê um aumento de 60% no uso de plástico até 2060, impulsionado pelo crescimento do PIB e sem intervenções políticas ou tecnológicas significativas.
A 4ª sessão do Comitê de Negociação Intergovernamental, convocado pela ONU para forjar um tratado global sobre redução de plástico, terminou em 29 de abril com avanços limitados focados na reciclagem e circularidade do plástico.
Os bioplásticos, derivados de materiais naturais como soja, algas marinhas e cavacos de madeira, oferecem uma alternativa promissora, representando atualmente de 1% a 2% da demanda global de plástico. Apesar de seu potencial, os bioplásticos enfrentam desafios de escalabilidade a curto e médio prazo. No entanto, essas inovações são essenciais para reduzir nossa dependência dos plásticos tradicionais e mitigar seu impacto ambiental.

Produção do aço e seus processos

O aço desempenha um papel fundamental na infraestrutura moderna e no desenvolvimento industrial, com seus processos de produção responsáveis por aproximadamente 8% das emissões globais de carbono relacionadas à energia. Com projeções indicando um aumento de 30% na demanda por aço até 2050, a indústria enfrenta o desafio de equilibrar esse crescimento com a necessidade de descarbonização.
Em termos de estratégias de curto prazo, a indústria pode alcançar reduções de emissões por meio de melhorias na eficiência energética e aumento da coleta de sucata. No entanto, estas medidas têm um impacto limitado nas emissões globais. Reduções mais significativas são possíveis por meio do desenvolvimento e implementação de processos à base de hidrogênio e tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono.
Para os investidores, a descarbonização do aço oferece oportunidades em áreas como títulos verdes e de transição, energia renovável e a infraestrutura necessária para a descarbonização, incluindo hidrogênio verde.

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