Com o Fed flexibilizando a política monetária, parecia que os mutuários latino-americanos poderiam ter um acesso mais confortável ao financiamento externo em 2025. Com um ritmo sólido de crescimento global e a China estimulando sua economia de forma mais assertiva, também parecia que os exportadores da América Latina poderiam desfrutar de uma demanda mais forte por seus produtos a preços potencialmente mais altos, especificamente os das commodities. As coisas estavam parecendo inequivocamente positivas antes da eleição de Donald Trump , que, desde então, obscureceu o cenário externo da região. Pelo menos inicialmente, a América Latina terá que tolerar ameaças tarifárias e incertezas comerciais. Acreditamos que a maioria dos países acabará construindo um relacionamento construtivo com seu vizinho do norte, mas pode levar algum tempo para a poeira baixar.

Embora devam melhorar em 2025, espera-se que os déficits fiscais continuem maiores em relação aos níveis pré-pandêmicos. As receitas podem aumentar devido ao crescimento econômico mais forte em vários países, às perspectivas de aumento dos preços das commodities e aos esforços das autoridades para aumentar a eficiência fiscal. Entretanto, as demandas de gastos sociais e outras considerações políticas provavelmente continuarão a pressionar os gastos. Dando um passo atrás, os índices de endividamento são geralmente uma função da combinação de déficits fiscais e crescimento. A dinâmica da dívida em relação ao PIB parece preocupante no Brasil, na Colômbia e, em menor escala, no México. Por outro lado, os encargos da dívida parecem mais gerenciáveis no Chile, na República Dominicana, no Panamá e no Peru.

Acreditamos que o MXN enfrentará pressões no curto prazo relacionadas às preocupações com a relação bilateral entre os EUA e o México, mas elas devem se dissipar com o amadurecimento do ano. É provável que o BRL fique dentro de uma faixa de variação em meio à alta volatilidade, dada a fraca estrutura fiscal. O CLP pode se valorizar, já que o aumento dos preços do cobre pode compensar os riscos comerciais entre os EUA e a China. O COP parece prestes a se enfraquecer à medida que o banco central reduz as taxas para ajudar no atraso do crescimento. Enquanto isso, o PEN deve continuar a desfrutar de uma estabilidade notável.

O índice MSCI Latin America desfruta de valorizações atraentes, de cerca de 9x o lucro futuro. Prevemos retornos de quase 10%, impulsionados pela recuperação gradual dos lucros nos próximos 12 meses.

Com o Fed flexibilizando a política monetária, parecia que os mutuários latino-americanos poderiam ter um acesso mais confortável ao financiamento externo em 2025. Com um ritmo sólido de crescimento global e a China estimulando sua economia de forma mais assertiva, também parecia que os exportadores da América Latina poderiam desfrutar de uma demanda mais forte por seus produtos a preços potencialmente mais altos, especificamente os das commodities. As coisas estavam parecendo inequivocamente positivas antes da eleição de Donald Trump , que, desde então, obscureceu o cenário externo da região. Pelo menos inicialmente, a América Latina terá que tolerar ameaças tarifárias e incertezas comerciais. Acreditamos que a maioria dos países acabará construindo um relacionamento construtivo com seu vizinho do norte, mas pode levar algum tempo para a poeira baixar.

Embora devam melhorar em 2025, espera-se que os déficits fiscais continuem maiores em relação aos níveis pré-pandêmicos. As receitas podem aumentar devido ao crescimento econômico mais forte em vários países, às perspectivas de aumento dos preços das commodities e aos esforços das autoridades para aumentar a eficiência fiscal. Entretanto, as demandas de gastos sociais e outras considerações políticas provavelmente continuarão a pressionar os gastos. Dando um passo atrás, os índices de endividamento são geralmente uma função da combinação de déficits fiscais e crescimento. A dinâmica da dívida em relação ao PIB parece preocupante no Brasil, na Colômbia e, em menor escala, no México. Por outro lado, os encargos da dívida parecem mais gerenciáveis no Chile, na República Dominicana, no Panamá e no Peru.

Acreditamos que o MXN enfrentará pressões no curto prazo relacionadas às preocupações com a relação bilateral entre os EUA e o México, mas elas devem se dissipar com o amadurecimento do ano. É provável que o BRL fique dentro de uma faixa de variação em meio à alta volatilidade, dada a fraca estrutura fiscal. O CLP pode se valorizar, já que o aumento dos preços do cobre pode compensar os riscos comerciais entre os EUA e a China. O COP parece prestes a se enfraquecer à medida que o banco central reduz as taxas para ajudar no atraso do crescimento. Enquanto isso, o PEN deve continuar a desfrutar de uma estabilidade notável.

O índice MSCI Latin America desfruta de valorizações atraentes, de cerca de 9x o lucro futuro. Prevemos retornos de quase 10%, impulsionados pela recuperação gradual dos lucros nos próximos 12 meses.

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América Latina em 2025

Q: Combinação de crescimento e inflação

Projeta-se que o crescimento da América Latina aumente modestamente para 2,5% em 2025 , com dinâmicas regionais variadas. O México pode desacelerar devido aos cortes nos gastos do governo e às incertezas quanto à política comercial interna e externa, enquanto o Brasil provavelmente também desacelerará devido à política monetária mais rígida. O Chile e o Peru devem retornar às taxas de crescimento pré-Covid de 2,5 a 3,0%, impulsionados pelos preços mais altos dos metais e pela redução da instabilidade política, embora as tensões entre os EUA e a China representem riscos. A recuperação da Colômbia parece frágil devido ao baixo investimento privado. Em contrapartida, espera-se que o Panamá e a República Dominicana mantenham uma forte atividade, de 4 a 5%, devido às suas economias baseadas em serviços. Prevê-se que a Argentina se recupere de uma contração em 2024 com a entrada em vigor das reformas estruturais. Enquanto isso, a inflação geral parece que continuará em declínio, sendo que os preços rígidos dos serviços são o principal fator nessa última milha de desinflação. A maioria dos bancos centrais provavelmente continuará reduzindo as taxas com cautela, sendo o Brasil a exceção mais destacada, já que tenta ganhar credibilidade na política com aumentos nas taxas de juros.

Q: Dívida soberana em dólares dos EUA

Acreditamos que as valorizações são atraentes no Brasil, na Colômbia e no Panamá, já que os rendimentos mais do que compensam os riscos. O Chile, o Peru e a República Dominicana estão sendo negociados em níveis justos. O ágio de risco do México não reflete totalmente os riscos fiscais e de reforma.

Q: Combinação de crescimento e inflação

Projeta-se que o crescimento da América Latina aumente modestamente para 2,5% em 2025 , com dinâmicas regionais variadas. O México pode desacelerar devido aos cortes nos gastos do governo e às incertezas quanto à política comercial interna e externa, enquanto o Brasil provavelmente também desacelerará devido à política monetária mais rígida. O Chile e o Peru devem retornar às taxas de crescimento pré-Covid de 2,5 a 3,0%, impulsionados pelos preços mais altos dos metais e pela redução da instabilidade política, embora as tensões entre os EUA e a China representem riscos. A recuperação da Colômbia parece frágil devido ao baixo investimento privado. Em contrapartida, espera-se que o Panamá e a República Dominicana mantenham uma forte atividade, de 4 a 5%, devido às suas economias baseadas em serviços. Prevê-se que a Argentina se recupere de uma contração em 2024 com a entrada em vigor das reformas estruturais. Enquanto isso, a inflação geral parece que continuará em declínio, sendo que os preços rígidos dos serviços são o principal fator nessa última milha de desinflação. A maioria dos bancos centrais provavelmente continuará reduzindo as taxas com cautela, sendo o Brasil a exceção mais destacada, já que tenta ganhar credibilidade na política com aumentos nas taxas de juros.

Q: Dívida soberana em dólares dos EUA

Acreditamos que as valorizações são atraentes no Brasil, na Colômbia e no Panamá, já que os rendimentos mais do que compensam os riscos. O Chile, o Peru e a República Dominicana estão sendo negociados em níveis justos. O ágio de risco do México não reflete totalmente os riscos fiscais e de reforma.

Um panorama diverso com oportunidades de crescimento, desinflação e gestão eficaz de dívidas.

10 jan 2025

Apesar dos desafios globais, a América Latina busca um equilíbrio pós-pandemia, com uma previsão de crescimento econômico de 2,5% este ano.

Explore os desafios, oportunidades e perspectivas de investimento na região para 2025.

Oportunidades e desafios em 2025Leer el artículo
Perspectivas de investimentoLeer el artículo

Oportunidades e desafios em 2025

Os principais cenários que podem impactar a América Latina.

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Contexto global

Com o Fed flexibilizando a política monetária, parecia que os mutuários latino-americanos poderiam ter um acesso mais confortável ao financiamento externo em 2025.

Com um ritmo sólido de crescimento global e a China estimulando sua economia de forma mais assertiva, também parecia que os exportadores da América Latina poderiam desfrutar de uma demanda mais forte por seus produtos a preços potencialmente mais altos, especificamente os das commodities.

As coisas estavam parecendo inequivocamente positivas antes da eleição de Donald Trump, que, desde então, obscureceu o cenário externo da região. Pelo menos inicialmente, a América Latina terá que tolerar ameaças tarifárias e incertezas comerciais.

Acreditamos que a maioria dos países acabará construindo um relacionamento construtivo com seu vizinho do norte, mas pode levar algum tempo para a poeira baixar.

Combinação de crescimento e inflação

Projeta-se que o crescimento da América Latina aumente modestamente para 2,5% em 2025, com dinâmicas regionais variadas. O México pode desacelerar devido aos cortes nos gastos do governo e às incertezas quanto à política comercial interna e externa, enquanto o Brasil provavelmente também desacelerará devido à política monetária mais rígida.
O Chile e o Peru devem retornar às taxas de crescimento pré-Covid de 2,5 a 3,0%, impulsionados pelos preços mais altos dos metais e pela redução da instabilidade política, embora as tensões entre os EUA e a China representem riscos.
A recuperação da Colômbia parece frágil devido ao baixo investimento privado. Em contrapartida, espera-se que o Panamá e a República Dominicana mantenham uma forte atividade, de 4 a 5%, devido às suas economias baseadas em serviços.
Prevê-se que a Argentina se recupere de uma contração em 2024 com a entrada em vigor das reformas estruturais. Enquanto isso, a inflação geral parece que continuará em declínio, sendo que os preços rígidos dos serviços são o principal fator nessa última milha de desinflação.
A maioria dos bancos centrais provavelmente continuará reduzindo as taxas com cautela, sendo o Brasil a exceção mais destacada, já que tenta ganhar credibilidade na política com aumentos nas taxas de juros.

Dinâmica fiscal

Embora devam melhorar em 2025, espera-se que os déficits fiscais continuem maiores em relação aos níveis pré-pandêmicos. As receitas podem aumentar devido ao crescimento econômico mais forte em vários países, às perspectivas de aumento dos preços das commodities e aos esforços das autoridades para aumentar a eficiência fiscal.
Entretanto, as demandas de gastos sociais e outras considerações políticas provavelmente continuarão a pressionar os gastos. Dando um passo atrás, os índices de endividamento são geralmente uma função da combinação de déficits fiscais e crescimento.
A dinâmica da dívida em relação ao PIB parece preocupante no Brasil, na Colômbia e, em menor escala, no México. Por outro lado, os encargos da dívida parecem mais gerenciáveis no Chile, na República Dominicana, no Panamá e no Peru.

Perspectivas de investimento

Apesar de todos os desafios, há uma série de oportunidades atraentes na região, principalmente na área de renda fixa.

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Dívida soberana em dólares dos EUA

Moedas

Acreditamos que o MXN enfrentará pressões no curto prazo relacionadas às preocupações com a relação bilateral entre os EUA e o México, mas elas devem se dissipar com o amadurecimento do ano.
É provável que o BRL fique dentro de uma faixa de variação em meio à alta volatilidade, dada a fraca estrutura fiscal.
O CLP pode se valorizar, já que o aumento dos preços do cobre pode compensar os riscos comerciais entre os EUA e a China.
O COP parece prestes a se enfraquecer à medida que o banco central reduz as taxas para ajudar no atraso do crescimento.
Enquanto isso, o PEN deve continuar a desfrutar de uma estabilidade notável.

Ações

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O forte desempenho dos mercados e a resiliência da economia global fizeram desta década “Os Novos Anos 20”. O que vem a seguir? Analisamos os principais temas que moldarão a próxima etapa desta década com a última edição do nosso relatório.

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