Termo utilizado para representar a habilidade do gestor, especificamente a capacidade de um gestor de hedge fund, de aplicar uma estratégia de investimento que gere retornos superiores ao desempenho geral do mercado. A geração de alfa é determinada pela capacidade do gestor de selecionar ações, principalmente sua habilidade de identificar ações supervalorizadas ou subvalorizadas e posicionar-se corretamente para se beneficiar dessa diferença de desempenho. Gestores de hedge funds dependem de um certo grau de dispersão, volatilidade e/ou deslocamentos no mercado para gerar alfa. Quando a dispersão de retorno entre ações é alta (ou seja, nem todos os setores ou ações apresentam o mesmo desempenho), a seleção de ações se torna mais recompensadora, aumentando as oportunidades para gestores talentosos.

Retorno do mercado, especificamente a exposição a movimentos amplos do mercado. Hedge funds de ações buscam o risco idiossincrático das ações, ao mesmo tempo em que realizam hedge contra o risco geral do mercado de ações. No entanto, eles geralmente mantêm uma tendência direcional. Isso é particularmente verdadeiro para gestores de fundos comprados/vendidos e para fundos dedicados ao viés vendido. Já os gestores neutros em relação ao mercado e os gestores quantitativos direcionais, por sua vez, tendem a ter uma exposição ao beta de mercado próxima de zero. O beta de mercado reflete a exposição líquida comprada do fundo aos mercados de ações, que, por sua vez, depende das condições de mercado. Em geral, os gestores aumentam a exposição líquida comprada em mercados em alta e a reduzem em mercados em baixa. Como o beta de mercado é uma fonte importante de seus retornos, hedge funds de ações são impactados por fatores específicos, como múltiplos de ações, crescimento de lucros, análise técnica, sentimento geral do mercado e eventos macroeconômicos.

Estes fluxos de retorno não estão vinculados à habilidade do gestor (alfa) ou ao desempenho amplo do mercado (beta de mercado). Também chamados de prêmios de risco, os betas alternativos são anomalias de mercado recorrentes que gestores de hedge funds buscam explorar. Exemplos típicos de betas alternativos incluem a compensação do desempenho positivo histórico entre ações de pequena e grande capitalização ou o posicionamento para que ações de alto momentum superem as de baixo momentum. Embora estáveis no médio e longo prazo, no curto prazo os betas alternativos podem flutuar dependendo do ciclo econômico e das condições de liquidez.

Retorno proveniente dos juros pagos sobre garantias, aplicável a depósitos de margem e receitas de vendas a descoberto.

Hedge Funds: Hedge de Ações

Q: Quais são os riscos?

Nem todos os hedge funds de ações são iguais, tornando a seleção do gestor crucial. As condições do mercado acionário podem impactar o desempenho, já que a maioria das estratégias de hedge funds de ações é, em geral, líquida e comprada. A deterioração das condições de liquidez pode ser problemática para alguns gestores, especialmente aqueles que negociam ações de pequena e micro capitalização. De forma mais ampla, os níveis de risco são determinados pelas estratégias empregadas, pelo uso de alavancagem, pela exposição líquida geral e pela concentração das posições. Outros riscos gerais dos hedge funds também podem se aplicar, como a possível falta de liquidez do fundo e a falta de transparência de alguns gestores, o que pode ocultar riscos operacionais, como gestão inadequada de risco e/ou alavancagem. Embora esses riscos não possam ser totalmente eliminados, eles podem ser significativamente mitigados por meio de uma diligência prévia rigorosa e processos de investimento e monitoramento robustos.

Descubra como os hedge funds de ações implementam estratégias robustas para identificar oportunidades e mitigar riscos.

30 set 2024 2 minutos de leitura

Aprenda sobre hedge funds de ações, suas estratégias, fontes de retorno e principais riscos. Descubra como os gestores de hedge funds utilizam diversas ferramentas e abordagens para gerar retornos e gerenciar riscos de mercado de forma eficaz.

Principais destaques do relatório
Fontes de retorno e riscos
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Hedge de Ações: Visão geral

Principais considerações

O hedge de ações é o segmento mais antigo e o maior das estratégias de hedge funds, conforme medido pelos ativos sob administração (AuM).

Investindo principalmente em ações, essas estratégias visam isolar o risco de ações individuais do risco de mercado, identificando e comprando ações promissoras e vendendo aquelas com menor potencial.

A exposição líquida aos mercados acionários globais pode variar significativamente, dependendo da estratégia adotada pelo gestor. No entanto, em média, os hedge funds de ações tendem a manter uma posição estrutural comprada.

Os hedge funds de ações têm quatro potenciais fontes de retorno: beta do mercado de ações, alfa do gestor, beta alternativo e a taxa livre de risco.

Nos últimos 28 anos, os hedge funds de ações superaram ligeiramente as ações globais durante as crises de mercado. Historicamente, os hedge funds de ações demonstraram resiliência às mudanças nos ciclos econômicos. Em três das quatro fases do ciclo (expansão, desaceleração e recuperação), os gestores de hedge de ações apresentaram retornos sólidos.

Do ponto de vista da carteira, dependendo da subestratégia, os hedge funds de ações podem atuar como diversificadores/estabilizadores eficazes, bem como uma boa alternativa para exposição ao mercado de ações.

Contudo, a variabilidade dos retornos entre os gestores de hedge funds de ações é elevada quando comparada a outras estratégias de hedge funds. Por isso, é fundamental compreender bem as metas, os pontos fortes e as limitações de cada gestor antes de considerar uma alocação.

O que a estratégia de hedge de ações faz?

Os gestores de hedge de ações utilizam ferramentas semelhantes às empregadas pelos gestores de ações tradicionais para a seleção de ativos, porém têm muito mais liberdade na execução de suas operações.

Os hedge funds de ações utilizam predominantemente ações para expressar suas visões de mercado. Contudo, alguns gestores também utilizam ETFs e futuros de índices, principalmente para hedge contra o risco amplo do mercado de ações. Outros utilizam opções para expressar suas opiniões e/ou atender a exigências regulatórias (por exemplo, UCITS).

Os estilos e as estratégias de investimento incluem abordagens de curto ou longo prazo e podem variar entre top-down ou bottom-up, investimento em valor ou em crescimento, grandes ou pequenas capitalizações, diversificado ou concentrado, específico de uma região ou especializado em um setor, sistemático ou discricionário, direcional ou não direcional.

Fontes de retorno da estratégia

Os hedge funds de ações têm quatro potenciais fluxos de retorno: alfa do gestor, beta do mercado de ações, beta alternativo e a taxa livre de risco.

Alfa

Termo utilizado para representar a habilidade do gestor, especificamente a capacidade de um gestor de hedge fund, de aplicar uma estratégia de investimento que gere retornos superiores ao desempenho geral do mercado.

A geração de alfa é determinada pela capacidade do gestor de selecionar ações, principalmente sua habilidade de identificar ações supervalorizadas ou subvalorizadas e posicionar-se corretamente para se beneficiar dessa diferença de desempenho.

Gestores de hedge funds dependem de um certo grau de dispersão, volatilidade e/ou deslocamentos no mercado para gerar alfa. Quando a dispersão de retorno entre ações é alta (ou seja, nem todos os setores ou ações apresentam o mesmo desempenho), a seleção de ações se torna mais recompensadora, aumentando as oportunidades para gestores talentosos.

Beta de mercado

Retorno do mercado, especificamente a exposição a movimentos amplos do mercado. Hedge funds de ações buscam o risco idiossincrático das ações, ao mesmo tempo em que realizam hedge contra o risco geral do mercado de ações. No entanto, eles geralmente mantêm uma tendência direcional.

Isso é particularmente verdadeiro para gestores de fundos comprados/vendidos e para fundos dedicados ao viés vendido. Já os gestores neutros em relação ao mercado e os gestores quantitativos direcionais, por sua vez, tendem a ter uma exposição ao beta de mercado próxima de zero.

O beta de mercado reflete a exposição líquida comprada do fundo aos mercados de ações, que, por sua vez, depende das condições de mercado. Em geral, os gestores aumentam a exposição líquida comprada em mercados em alta e a reduzem em mercados em baixa.

Como o beta de mercado é uma fonte importante de seus retornos, hedge funds de ações são impactados por fatores específicos, como múltiplos de ações, crescimento de lucros, análise técnica, sentimento geral do mercado e eventos macroeconômicos.

Beta alternativo

Estes fluxos de retorno não estão vinculados à habilidade do gestor (alfa) ou ao desempenho amplo do mercado (beta de mercado). Também chamados de prêmios de risco, os betas alternativos são anomalias de mercado recorrentes que gestores de hedge funds buscam explorar.

Exemplos típicos de betas alternativos incluem a compensação do desempenho positivo histórico entre ações de pequena e grande capitalização ou o posicionamento para que ações de alto momentum superem as de baixo momentum. Embora estáveis no médio e longo prazo, no curto prazo os betas alternativos podem flutuar dependendo do ciclo econômico e das condições de liquidez.

Taxa livre de risco

Quais são os riscos?

Nem todos os hedge funds de ações são iguais, tornando a seleção do gestor crucial. As condições do mercado acionário podem impactar o desempenho, já que a maioria das estratégias de hedge funds de ações é, em geral, líquida e comprada.

A deterioração das condições de liquidez pode ser problemática para alguns gestores, especialmente aqueles que negociam ações de pequena e micro capitalização.

De forma mais ampla, os níveis de risco são determinados pelas estratégias empregadas, pelo uso de alavancagem, pela exposição líquida geral e pela concentração das posições.

Outros riscos gerais dos hedge funds também podem se aplicar, como a possível falta de liquidez do fundo e a falta de transparência de alguns gestores, o que pode ocultar riscos operacionais, como gestão inadequada de risco e/ou alavancagem.

Embora esses riscos não possam ser totalmente eliminados, eles podem ser significativamente mitigados por meio de uma diligência prévia rigorosa e processos de investimento e monitoramento robustos.

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