Refere-se à habilidade do gestor em aplicar estratégias que superem o desempenho geral do mercado. O alfa depende da capacidade do gestor de identificar ativos subvalorizados e prever corretamente eventos macroeconômicos. Isso exige boas conexões, acesso a informações privilegiadas e um rigoroso controle de riscos. Além disso, gestores precisam de volatilidade e dispersão macroeconômica para gerar retornos superiores.

Representa o retorno geral do mercado ou a exposição aos movimentos amplos do mercado. As estratégias macro discricionárias são oportunistas e temáticas, com gestores ajustando a exposição líquida ao longo do tempo conforme suas teses de investimento evoluem. Por isso, o beta tende a variar, mas em média, gestores macro discricionários têm um beta baixo em relação a outras classes de ativos.

Refere-se a retornos que não estão vinculados à habilidade do gestor (alfa) ou ao desempenho do mercado (beta de mercado). Também conhecidos como prêmios de risco, esses betas alternativos são anomalias de mercado que gestores macro costumam explorar, como prêmios de carry trades.

Hedge Funds: Macro Discricionária

Descubra como essas estratégias podem fortalecer sua carteira com baixos níveis de correlação e alta capacidade de adaptação ao mercado.

28 set 2024 2 minutos de leitura

Descubra as estratégias de hedge funds macro discricionária, que aproveitam mudanças macroeconômicas com flexibilidade e agilidade. Esses fundos globais investem em diversos mercados e instrumentos, proporcionando resiliência em tempos de volatilidade e diversificação.

Principais destaques do relatório
Fontes de retorno e riscos
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Macro Discricionária: Visão geral

Principais considerações

A macro discricionária é uma estratégia de negociação altamente oportunista que aproveita as mudanças nas tendências macroeconômicas. Ela tende a se beneficiar da incerteza e da alta volatilidade do mercado.

Esses fundos operam globalmente e têm o mandato mais flexível, podendo investir em uma ampla gama de instrumentos, regiões, mercados e temas.

Os gestores macro discricionários buscam explorar desequilíbrios e mudanças nas tendências macroeconômicas.

Os gestores geralmente preferem instrumentos líquidos e "top-down", como futuros, swaps e opções, que permitem reações rápidas e econômicas às mudanças de mercado. Além disso, costumam utilizar alavancagem.

Embora mantenham dezenas de posições, eles geralmente se concentram em poucos temas principais.

As estratégias macro discricionárias são geralmente direcionais, e o desempenho tende a implementar também estratégias de valor relativo.

Nas últimas duas décadas, esses fundos mostraram resiliência em períodos de crise, com um drawdown máximo moderado em comparação com ações, e o menor entre as estratégias de hedge funds.

Do ponto de vista da carteira, esses fundos são bons diversificadores, devido à baixa volatilidade e correlação moderada com ações e títulos.

Devido ao seu mandato amplo e oportunista, a seleção de gestores para esses fundos é crucial. Nem todos os fundos macro discricionários são iguais.

Riscos gerais dos hedge funds, como a falta de transparência ou o gerenciamento inadequado de riscos, ainda podem se aplicar.

O que os fundos macro discricionários fazem?

Os gestores formulam opiniões sobre temas macroeconômicos e seu impacto nos ativos, estruturando uma carteira que reflete essas expectativas. Eles seguem filosofias de investimento individuais ao formular suas negociações. Alguns focam no comportamento irracional dos participantes do mercado, que pode distorcer o valor justo dos preços. Outros buscam prever variáveis macroeconômicas, como inflação ou crescimento do PIB, mudanças na política monetária, e como essas previsões impactarão os mercados financeiros globais.

As negociações podem ser direcionais ou relativas, embora a maioria dos gestores favoreça as negociações direcionais.

Em geral, os gestores preferem instrumentos "top-down", que capturam mudanças amplas nas tendências econômicas e monetárias. Além disso, os gestores macro discricionários geralmente se concentram em instrumentos altamente líquidos, como futuros, forwards e swaps. Eles costumam implementar suas visões por meio de carry trades, que são sensíveis a mudanças macroeconômicas.

O carry de um ativo é o benefício (positivo) ou o custo (negativo) de sua posse. Normalmente, os carry trades envolvem a compra de um ativo com carry positivo e a venda de um ativo com carry negativo ou inferior. Os carry trades podem ser encontrados em diferentes classes de ativos, ou seja, moedas, títulos, taxas, commodities e ações.

Os gestores podem diversificar ou focar em regiões ou instrumentos, e atuar no curto ou longo prazo, dependendo da estratégia. As carteiras têm dezenas de posições, mas estão frequentemente relacionadas a poucos temas principais.

Fontes de retorno das estratégias

Os gestores discricionários contam com três principais fluxos de retorno: alfa do gestor, beta de mercado e beta alternativo.

Alfa

Refere-se à habilidade do gestor em aplicar estratégias que superem o desempenho geral do mercado.

O alfa depende da capacidade do gestor de identificar ativos subvalorizados e prever corretamente eventos macroeconômicos. Isso exige boas conexões, acesso a informações privilegiadas e um rigoroso controle de riscos.

Além disso, gestores precisam de volatilidade e dispersão macroeconômica para gerar retornos superiores.

Beta de mercado

Representa o retorno geral do mercado ou a exposição aos movimentos amplos do mercado.

As estratégias macro discricionárias são oportunistas e temáticas, com gestores ajustando a exposição líquida ao longo do tempo conforme suas teses de investimento evoluem. Por isso, o beta tende a variar, mas em média, gestores macro discricionários têm um beta baixo em relação a outras classes de ativos.

Beta alternativo

Quais são os riscos?

Os níveis de risco variam conforme as estratégias, uso de alavancagem, exposição líquida e concentração de posições. Estratégias conservadoras podem incluir análises de valor relativo, enquanto as agressivas são mais direcionais.

Em vez de se protegerem contra os riscos de mercado, gestores de estratégias direcionais buscam lucrar com movimentos diretos dos ativos. Contudo, previsões incorretas podem resultar em perdas significativas.

Embora as posições dos fundos macro globais variem, às vezes pode haver uma sobreposição significativa de negociações entre diferentes gestores, o que reduz os benefícios da diversificação entre múltiplos gestores.

Os riscos de liquidez geralmente são menores em comparação a outras estratégias de hedge funds, pois os gestores macro negociam principalmente instrumentos financeiros altamente líquidos, como ações, títulos e moedas.

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