Investindo no Brasil Investindo no Brasil: A super safra

Saiba como a produção de grãos está transformando a economia brasileira

25 set 2023 3 minutos de leitura

A produção de grãos no Brasil para a safra 2022/2023 está prevista para atingir um recorde de 322,8 milhões de toneladas, com um aumento de 18,4% em comparação com a temporada anterior. Descubra o impacto dessa “chuva de alimentos” na economia do país.

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Investindo no Brasil

A agricultura e o agronegócio ganharam importância no PIB do país

Um fenômeno agrícola

Nas últimas décadas, o Brasil vem batendo recordes de produção de grãos ano após ano de forma consistente, tanto pelo aumento da produtividade quanto à expansão de área plantada. Por conta do agronegócio, o Brasil deve ter crescimento próximo de 3% do PIB em 2023, enquanto economistas esperavam um número inferior de 1% no início do ano.

No início do ano, o consenso do mercado era de que a inflação ao consumidor ficaria em torno de 6%. Especialmente devido à menor inflação de alimentos, os economistas agora esperam que a inflação seja inferior a 5%. Como a maior parte da safra brasileira é exportada, o país também deverá ter um superávit recorde na balança comercial neste ano.

Esperamos que o superávit comercial atinja de US 80 bilhões em 2023, ou quase US 20 bilhões a mais do que o recorde do ano passado. A preços correntes, ainda vemos valorização potencial acima da média para ativos atrelados à inflação e fundos imobiliários.

Implicações na alocação de ativos

O mercado de renda fixa já antecipa uma taxa Selic próxima a 9% no ano que vem, então os títulos pré-fixados já incorporaram esse movimento em sua valorização. Se estivermos corretos em nossa perspectiva de que a taxa caia até 8%, há mais ganhos por vir, mas não no curto prazo.

A principal razão para isso é que há muitas incertezas nos cenários de inflação e política monetária nos EUA. Por outro lado, vemos como improvável uma taxa Selic superior a 9% no fim do ciclo no ano que vem. Como tal, acreditamos que qualquer volatilidade nos títulos pré-fixados deve ser considerada principalmente uma oportunidade para aumentar a alocação, não para reduzi-la. Nos níveis de juros atuais, mantemos os títulos pré-fixados em neutro em nossa alocação de ativos táticos locais.

A visão é semelhante aos títulos atrelados à inflação. Observamos recentemente uma correção negativa de preços nessa classe de ativos, talvez desencadeada por realização de lucros, piores números fiscais e correlação com os títulos do Tesouro dos EUA. No entanto, não esperamos que esses títulos mudem sua tendência de valorização iniciada no segundo trimestre deste ano.

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