Investimento sustentável O futuro de ESG, dos títulos verdes, da tecnologia e dos negócios

O ESG continua ganhando destaque nas estratégias corporativas. As tendências mais amplas de divulgação do ESG estão acelerando a integração de suas questões financeiras em relatórios de lucros corporativos, refletindo a crescente demanda por informações de alta qualidade e potencial criação de valor de longo prazo. 

Entre os temas ESG, descarbonização, gerenciamento da cadeia de suprimentos e transição energética tiveram menções recordes no 1T23, de acordo com o relatório automatizado da Bloomberg. Outros termos importantes, como economia circular, transparência, biodiversidade, energia limpa e acesso e acessibilidade também tiveram aumentos notáveis em 2022 e 1T23. Esperamos que essa tendência continue nas próximas temporadas de resultados.

As novas emissões de títulos sustentáveis tiveram um ressurgimento impressionante, atingindo US$ 83,4 bilhões durante abril e tornando-se o mês mais movimentado desde o início do mercado em 2007, de acordo com a Bloomberg. As emissões de títulos sustentáveis até agora este ano superaram os números de 2021 e 2022 e também ultrapassaram os mercados de títulos mais amplos.

As maiores transações deste ano vieram de soberanos e agências, com os emissores europeus dominando em volume, enquanto os asiáticos continuaram a superar os americanos. A Índia, por exemplo, fez sua estreia no mercado de títulos verdes soberanos para atingir suas metas climáticas e facilitar investimentos de alto valor. Isso estende a tendência observada no ano passado, e notamos que o perfil médio de crédito dos títulos verdes aumentou substancialmente como resultado.

No atual ambiente volátil do mercado, continuamos a recomendar uma abordagem de haltere combinando créditos selecionados de maior risco com prazos mais curtos para gerar renda, enquanto estendemos a duração geral do portfólio de cinco a sete anos por meio de créditos resilientes selecionados com prazos mais longos.

Embora o ChatGPT tenha provocado debates e temores de possíveis perdas massivas de empregos, historicamente temos visto que tecnologias inovadoras aumentam a produtividade dos trabalhadores. O sucesso inicial dos chatbots pode atrair mais talentos de tecnologia e impulsionar sua adoção mais rápida, com maiores investimentos de empresas e governos.

Embora os desenvolvimentos de IA e suas questões relacionadas continuem a evoluir, acreditamos que uma estrutura de ESG holística é fundamental para orientar a otimização de produtos, como salvaguardas mínimas para proteger as partes interessadas e a distribuição estratégica.

Vemos um risco crescente de litígio, mesmo quando as empresas prestam mais atenção a questões como igualdade salarial e promoção, bem como diversidade e inclusão. 

Ainda assim, em meio ao aumento da regulamentação e do escrutínio das partes interessadas, as empresas provavelmente perceberão os benefícios da diversidade e a promoverão ao longo de suas cadeias de valor para impulsionar o crescimento sustentável de longo prazo. Além disso, as evidências sugerem que equipes mais diversas são mais inovadoras e resilientes.

Embora a COP27 do ano passado tenha terminado sem estabelecer uma linguagem explícita para a fase de eliminação de combustíveis fósseis, a COP28 pode ser oportunista e nos colocar de volta aos trilhos.  

Um estudo da McKinsey concluiu que as empresas de petróleo e gás devem reduzir suas emissões em pelo menos 3,4 GtCO2e por ano até 2050. Junto com as intervenções governamentais, as estruturas de custos e as expectativas das partes interessadas como impulsionadores de um futuro sustentável, os líderes do petróleo são fundamentais para dar asas às metas climáticas.

Alguns já estão se movendo nessa direção. Ultimamente, a ExxonMobil tem considerado os biocombustíveis, a captura e armazenamento de carbono e o hidrogênio como estando intimamente alinhados com sua experiência e vantagem competitiva. 

Continuamos a acreditar que uma abordagem energética "abrangente" é viável, equilibrando reduções responsáveis e agressivas de emissões de carbono enquanto aceleramos a capacidade renovável. Isso pode incluir o investimento em participantes tradicionais de energia com vantagens competitivas significativas para acelerar a evolução energética e com o envolvimento ativo dos investidores como pré-requisito.